Mau timing (escolha de momento inapropriado)

por Mário H. Noronha

Tópico deste conteúdo: Como um mau timing (escolha de momento inapropriado ou inoportuno) contribui para uma comunicação ineficaz nas organizações

A quem pode interessar ler: profissionais e organizações

Neste quarto – e último - texto deste mês, iremos abordar o mau timing, um dos fatores que pode contribuir para uma comunicação ineficaz nas organizações.

Um momento inadequado ou um mau timing, caracteriza-se por comunicar informação demasiado cedo, demasiado tarde ou em momentos inadequados, o que pode reduzir (ou mesmo anular) a eficácia da mensagem e levar à perda de oportunidades ou ao aumento da resistência ao que é comunicado.

Essa circunstância tem consequências, nomeadamente na tomada de decisões. Se não existe uma comunicação clara e atempada (que pressupõe um timing adequado), os processos de tomada de decisão podem tornar-se prolongados e ineficientes, o que prejudica a capacidade da organização para responder rapidamente às mudanças do mercado.

"Um bom timing é invisível. Um mau timing destaca-se a quilómetros de distância." - Tony Corinda

Uma possível solução é investir na formação dos colaboradores em competências de comunicação, incluindo escuta ativa, discurso eficaz e comunicação não verbal. Esse investimento habilita os colaboradores a adquirirem as competências necessárias para comunicarem eficazmente nos seus vários contextos organizacionais.

No entanto, um mau timing também derivar de alguma barreiras psicológicas, nomeadamente os preconceitos, as suposições e as emoções pessoais, que podem contribuir para distorcer a forma como as mensagens são enviadas e recebidas. O medo, a desconfiança ou a falta de confiança também podem impedir uma comunicação aberta e produzir impacto na escolha dos melhores timings.

Se houver uma atenção à escolha dos melhores timings e feito um investimento em competências de comunicação, aumenta a probabilidade de os colaboradores se sentirem ouvidos e informados, logo a sua satisfação e moral no trabalho melhoram, o que conduz a um maior envolvimento e a menores taxas de rotatividade.

No próximo mês, iniciaremos um conjunto de artigos subordinados a um novo tema.

Nota do autor: este texto expressa uma perspetiva pessoal enquadrada dentro de alguns parâmetros, não é um artigo científico, de natureza médica, prescritiva ou vinculativa. Também é importante notar que não se pretendeu fazer uma análise exaustiva, no futuro haverá novos textos que abordarão outras formas de olhar para estes mesmos tópicos.

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