A nossa abordagem

"As pessoas tomam os caminhos mais longos possíveis, divagam para vários becos sem saída e cometem todos os tipos de erros. Depois, os historiadores aparecem e escrevem resumos desse processo confuso e não linear, e fazem com que pareça uma linha simples e reta." - Dean Kamen


Perspetiva não linear

A não-linearidade, seja em indivíduos ou em organizações, é o progresso ou sucesso que não segue um caminho direto e previsível. Constitui-se por uma série de avanços, retrocessos, planaltos e, por vezes, reviravoltas inesperadas, ou seja, não é um percurso constante e gradual em direção a uma qualquer meta previamente definida.

Porque razão é importante?

Para as pessoas, reconhecer a não-linearidade, ajuda-as a manter resiliência e adaptabilidade, que são qualidades essenciais para se navegar na imprevisibilidade da vida. Além disso, contribui, por exemplo, para reduzir os estigmas associados a mudanças de carreira, interrupções educacionais ou caminhos não convencionais para o sucesso.

No caso das organizações, valorizar a não-linearidade, incentiva uma cultura de inovação e de adaptabilidade, o que permite flexibilidade estratégica, capacidade de aprender com os fracassos e maior prontidão para aproveitar oportunidades inesperadas. Além disso, também promove um ambiente mais tolerante, onde a tomada de riscos é mais valorizada como parte do processo de crescimento.

Perspetiva sistémica

Há uma frase-cliché que refere que "nós somos nós e as nossas circunstâncias".

É fundamental saber o que se pretende alcançar (de dentro para fora), transformar esses sonhos em metas, trabalhar a autoconsciência e autoconhecimento, identificar dons, talentos e valores pessoais, compreender os mecanismos de felicidade, bem-estar e de fortalecimento da energia pessoal, praticar o perdão e o auto-perdão como forma de perspetivar o futuro sem mágoas ou âncoras prejudiciais, criar ou alterar hábitos, descobrir crenças limitantes ou potenciadoras, desvendar o propósito e missão de vida pessoal, melhorar a autoestima e autoconfiança, desenvolver o exercício da liderança e de competências técnicas, assim como Inteligência Emocional, foco, motivação, persistência, resiliência, consistência e ser consequente nas ações.

No caso das organizações, é crítico compreender todos os elementos que conduzem a uma performance sustentável, começando pela visão, missão, princípios e valores, que são basilares na definição de uma cultura partilhada e que contribui para o alinhamento estratégico (através das respetivas equipas), assim como é necessário olhar para oportunidades de crescimento em termos de liderança e dos mecanismos da operação interdependente de um conjunto de sistemas e processos de suporte à gestão, devidamente suportados por indicadores-chave que permitam melhoria contínua.

No entanto, o contexto e as circunstâncias também desempenham um papel importante no caminho que se pretende percorrer, podendo representar condicionamentos à definição de metas exequíveis, obstáculos para os quais é necessária preparação antecipada para superar ou oportunidades para acelerar - ou alavancar - os planos de ação rumo às metas que se desejam alcançar.

O coaching sistémico é uma abordagem de coaching que olha para os indivíduos e organizações de forma não isolada, mas como parte de sistemas maiores. Esses sistemas podem ser as suas famílias, conjugues ou parceiros, líderes, chefias, liderados, colegas de trabalho, equipas, amizades, comunidades, clientes, concorrentes, fornecedores, parceiros de negócio e a sociedade em geral. Por comparação com o coaching tradicional - que pode concentrar-se mais diretamente nos objetivos, comportamentos e resultados individuais - o coaching sistémico adiciona a perspetiva das relações e as influências recíprocas entre cada pessoa, as organizações e os sistemas dos quais fazem parte.

Cada pessoa ou organização é um sistema complexo e está em contínua interação com outros sistemas que as rodeiam. Na Seikatsu Equilibrium, olhamos para ambas as dimensões; pessoas ou organizações individualmente consideradas (coaching tradicional) e os sistemas com os quais interagem na definição das suas metas e no percurso para as alcançar (coaching sistémico).

As principais características do coaching sistémico incluem:

  1. Perspectiva Holística: Reconhece que os indivíduos e as organizações estão inseridos em contextos maiores e que as mudanças, numa parte do sistema, podem afetar todo o sistema. Esta abordagem leva em consideração a complexidade do comportamento humano influenciado por diversos fatores interligados.

  2. Dinâmicas relacionais: Explora as dinâmicas das relações dentro dos sistemas como, por exemplo, relações de poder, padrões de comunicação e papéis, para compreender de que forma essas dinâmicas impactam os desafios e as oportunidades de cada indivíduo e de cada organização.

  3. Padrões e ciclos de feedback: Identifica padrões recorrentes e ciclos de feedback dentro dos sistemas que podem estar a contribuir para a situação do indivíduo ou da organização. O coaching sistémico tem como objetivo desvendar esses padrões para criar consciencialização e abrir novas possibilidades de ação.

  4. Intervenções sistémicas: Desenvolve intervenções que levam em conta a complexidade do sistema, com o objetivo de promover uma mudança sustentável, não apenas para o indivíduo ou para a organização, mas dentro do sistema mais amplo. Isso pode envolver trabalhar com múltiplos membros de um sistema ou facilitar intervenções que abordem questões sistémicas.

  5. Adaptabilidade e consciência do contexto: Reconhece que cada sistema é único e está em constante mudança. O coaching sistémico enfatiza a importância de ser adaptável e sensível ao contexto em que o coaching está a ocorrer.